segunda-feira, 31 de maio de 2010

Curvas de falências e recuperações de empresas atingem patamares mais baixos dos últimos anos

EMPRESAS
Curvas de falências e recuperações de empresas atingem patamares mais baixos dos últimos anos
Publicada em 17/05/2010 às 21h37m
RIO - Após atingirem picos durante a crise financeira do ano passado, as recuperações judiciais de empresas em dificuldade vêm se estabilizando nos níveis mais baixos desde o começo de 2008. Já as falências se recuperaram da leve alta no período da crise e sua curva se mantém nos menores patamares dos últimos quatro anos. As informações são da Equifax, especializada em fornecer dados para gestões empresariais.

" Os gráficos mostram que, mesmo durante a crise financeira, o número de pedidos e decretações de falência se mantiveram baixos e estabilizados "

Em abril, foram 27 pedidos de recuperação e 18 deferimentos em todo o país. A quantidade de solicitações recuou 18% em relação a março e 10% ante o mesmo mês do ano passado. Já as recuperações deferidas pela Justiça, 18, diminuíram 44% ante março e 29% sobre o mesmo período de 2009. Os pedidos de falência foram 125 em abril (- 22% em relação a março; - 19% sobre 2009). Sessenta e duas foram decretadas, redução de 10% sobre o mês anterior, mas aumento de 114% ante 2009. O consultor da Equifax Alcides Leite ressalta, porém, que as variações de um mês para o outro são muito voláteis e chama a atenção para a análise da curva durante os últimos anos:
- Quando a economia melhora, é natural que as empresas não recorram à falência. Os gráficos mostram que, mesmo durante a crise financeira, o número de pedidos e decretações de falência se mantiveram baixos e estabilizados. Já a recuperação judicial aumentou no período e caiu depois dos meses mais turbulentos. Isso significa que a economia vai bem e que o recurso de recuperação judicial está funcionando.
Recuperação judicial e falência são dois recursos distintos aos quais as empresas podem recorrer em períodos de dificuldade. A recuperação busca negociar as dívidas da firma e, ao mesmo tempo, preservar sua produção e seus empregados. Dessa forma, ela pode honrar seus débitos e manter o negócio. Já a falência visa a liquidar o patrimônio da empresa para pagar as dívidas. Ou seja, o negócio termina depois da falência. Segundo Alcides Leite, empresas com problemas costumam apelar para a falência apenas quando a tentativa de recuperação não dá certo.

Fonte: Jornal O GLOBO

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