segunda-feira, 9 de maio de 2011

Meio Ambiente - Resíduos Sólidos

Lixo, nosso constante desafio.

Eu já comentei algumas vezes que um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta é o de onde colocar e o que fazer com o lixo por ela gerado. São milhões de toneladas todos os dias, que acabam por prejudicar cada vez mais o meio em que vivemos.

O destino dado ao lixo chega a ser criminoso. O mar e o envio para países do terceiro mundo já se tornou prática entre alguns países que não estão nem aí para o resto do planeta.

O Brasil produz cerca de 150 mil toneladas de lixo a cada dia, número inferior aos Estados Unidos (607 t/dia), mas bem superior ao de países como a Alemanha (85 t/dia) e a Suécia (10,4 t/dia). Desse total cerca de 40% vai parar nos lixões a céu aberto. O alarmante é que apenas 8% dos 5.565 municípios de nosso país adotam programas de coleta seletiva para reciclagem do lixo.

Estes dados são de um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem e mantida por empresas privadas.

Mas estamos enfrentando um novo problema ainda mais sério relacionado ao lixo, o de onde colocar o novo lixo, o lixo tecnológico.

Na CeBIT 2008, que acompanhamos em março de 2008 na cidade de Hannover na Alemanha, o tema GREEN IT, ou tecnologia Verde, foi o grande destaque.

O Brasil conta hoje com uma Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo Decreto Federal 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Este projeto tramitou por 20 anos no Congresso Nacional.

Mas só a partir do segundo semestre de 2012 teremos regras fixas e determinadas pelo governo federal para o descarte adequado de produtos como eletroeletrônicos, remédios, embalagens, resíduos e embalagens de óleos lubrificantes e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista. Enquanto isto vivemos nesta terra de ninguém onde estes produtos contaminam e comprometem nosso futuro.

Porto Alegre, mais uma vez, está na vanguarda do tratamento do lixo. Nossa capital possui coleta seletiva há vários anos e recentemente o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), em parceria com o Gabinete de Inovação e Tecnologia (InovaPoa) e a Procempa, criaram três postos para o descarte correto do lixo eletrônico.

Todos nós produzimos muito lixo todos os dias, e a maioria dele poderia ser reaproveitado se fosse reciclado, algo, que como disse é feito em apenas 8% das cidades brasileiras.

É urgente que tomemos medidas para melhorar esta relação de reaproveitamento do que produzimos de lixo, o que por certo vai ajudar a preservar a vida em nosso planeta.

A conscientização de todos nós é fundamental para nossa sobrevivência. O descarte correto do lixo tecnológico, como os demais, preserva a natureza.

Cabe a cada um de nós fazer a sua parte neste processo.

Por Ricardo Orlandini

Nenhum comentário:

Postar um comentário